segunda-feira, 23 de julho de 2012

A Manifesta Presença de Deus - Mike Bickle Parte 1


Olá leitores desse blog! Esse é o mesmo estudo que eu ja tinha postado a algus meses atras. Eu somente resolvi dividi-lo em algumas partes.

Enjoy!
Davi Begnini

Mike Bickle é diretor do IHOP - International House of Prayer de Kansas City

Entendendo os Fenômenos que Acompanham o Ministério do Espírito

Pontos Importantes desse Estudo

·         Introdução
·         A Manifesta Presença de Deus
·         Exemplos Bíblicos da Manifesta Presenca de Deus
·         Um Novo Exame da Controversia em Corinto
·         Testando os Fenomenos e Manifestações Espirituais
·         Precedentes Historicos para Manifestações do Espírito
·         Um Catalogo de Manifestações e Fenômenos Espirituais
·         Propositos Divinos para Manifestacoes Exteriores
·         Expondo Falsas Equações Acerca das Manifestações
·         Expondo Perigos Relacionados a Manifestações
·         Posicionando-nos Para Receber o Ministério do Espírito
·         Recomendações para Conduzir Cultos de Avivamento
·         Formando uma Equipe Ministerial de Oração
·         Reacoes Apropriadas a Renovação Espiritual
·         Apendice


Introdução

Quando Deus quer mostrar seu poder no corpo de Cristo e através dele, surgem oportunidades tanto para tremendo crescimento espiritual quanto para trágica confusão e perigosos tropeços.
Durante toda a história dos tempos bíblicos e da igreja, fenômenos estranhos e até excêntricos sempre acompanharam os derramamentos do poder do Espírito Santo. No começo de 1994, vários relatos e testemunhos começaram a circular pelos E.U.A. e no Canadá, além de várias outras nações, com relação a manifestações espontâneas do Espírito que estavam ocorrendo em muitas partes, sem qualquer ligação umas com as outras, geralmente acompanhadas de fenômenos físicos.
Desde aquela época, muitos crentes foram abençoados, revigorados e rejuvenescidos através desta renovação internacional. Outros crentes, porém, não foram tão abençoados assim! Foram mais céticos e questionaram se esse tipo de fenômeno realmente poderia ser obra de Deus. E quanto ao comportamento aparentemente carnal que alguns tiveram e que tentaram atribuir ao Espírito? O que devemos fazer quanto a tudo isto?
Líderes na igreja têm ficado perplexos e desafiados, ao mesmo tempo, para saber como analisar estas coisas e para discernir o que deve ser encorajado, o que deve ser desencorajado e o que pode simplesmente ser tolerado e ignorado, em todo este movimento.
Os crentes precisam orar por seus líderes e ser pacientes, enquanto estes buscam sabedoria para saber como reagir corretamente e como conduzir o povo de Deus de modo a glorificar o nome do Senhor e edificar toda a igreja. Esperamos que este pequeno tratado possa ajudá-lo a lançar uma estrutura bíblica/teológica para poder analisar e lidar com estas manifestações e fenômenos físicos.
Quando este atual mover do Espírito Santo começou a ser divulgado publicamente por toda parte em 1994, lembramo-nos que Deus havia dado uma série de percepções proféticas sobre isto a várias pessoas. Em abril de 1984, algo fenomenal aconteceu com Mike Bickle e com outro servo profético, Bob Jones (que fazia parte da nossa equipe nessa época).
Mike estava na sua cama, certa madrugada, quando de repente ouviu a voz de Deus de maneira audível. Ele soube depois que Bob recebeu uma visão aberta e também ouviu a voz audível de Deus, naquela mesma manhã. A essência da mensagem que Deus lhes deu e sobrenaturalmente confirmou era que em dez anos Deus “começaria a derramar o vinho do seu Espírito sobre as nações”. Deus também disse que iria disciplinar aqueles ministérios que não estivessem pregando e praticando humildade diante dele, e que iria exaltar os ministérios que estivessem ensinando e vivendo esta verdade. Ele até disse que agiria para corrigir conceitos teológicos errôneos de alguns ministérios, se dessem verdadeiro valor à humildade.
Esta palavra, na verdade, foi difícil para Mike aceitar, porque naquela época ele estava ansiando e crendo com muita intensidade que Deus enviaria uma visitação muito mais rápido. Durante os anos oitenta, tivemos contato com vários ministros proféticos que falavam conosco e com outros de como Deus lhes revelara seu plano de enviar uma grande onda do seu Espírito sobre as nações, até meados da década de noventa. Não cremos que esta onda atual seja, de forma alguma, a única onda do Espírito que virá para preparar o mundo para a segunda vinda de Jesus. Por outro lado, sentimos que realmente é essencial que façamos tudo para ser bons despenseiros da graça de Deus. Que Deus nos ajude a receber de bom grado, a entrar com fé e a colher tudo que Ele planejou para nós através deste início de derramamento.

A Manifesta Presença de Deus

Voltamos nossa atenção, então, para um conceito da manifesta presença de Deus, que freqüentemente é controverso e mal interpretado. Visitações da manifesta presença de Deus a indivíduos, movimentos e regiões geográficas sempre ocorreram ao longo da história do cristianismo. Muitas vezes foram desprezadas, por várias razões.
Infelizmente, na maioria das vezes, foram criticadas ou perseguidas por líderes religiosos que não tinham suficiente humildade para admitir que se pudesse existir alguma legítima experiência ou conhecimento espiritual, além do que eles possuíam. Esta oposição surge quando líderes são exaltados e reverenciados, como se tivessem todas as respostas acerca de Deus, sua Palavra e seus caminhos.
Devemos, todos nós, buscar continuamente uma postura de aprendizes perante o Senhor e reconhecer que ninguém jamais alcançou toda a sabedoria e experiência espiritual que há em Cristo. Não importa quão maduros nos tornamos nas coisas de Deus, continuamos a ser crianças e, portanto, devemos permanecer como tais em nosso relacionamento com Ele como nosso Pai. Há apenas um “sabe tudo” no reino!
Certa vez, alguém fez a intrigante pergunta: “Onde Deus mora?” Um outro, com muita sagacidade, respondeu de imediato: “Em qualquer lugar que Ele quiser!” Sem dúvida, uma boa resposta. Quando Salomão dedicou o primeiro templo, ele disse: “Os céus, mesmo os mais altos céus, não podem conter-te. Muito menos este templo que construí!” (1 Rs 8.27).
Há um mistério quanto ao lugar da habitação de Deus. Na verdade, há um mistério quanto ao próprio Deus como Pessoa e quanto às Pessoas da trindade. Há algo acerca do mistério de Deus que nos incomoda. Não seria fácil entender que Deus deixou assim de propósito? Sim, um desígnio divino para nos deixar humildes e reverentes. Afinal, somos as criaturas, e Ele é o Criador.
Deus fez com que as explicações filosóficas de muitos dos seus atributos e caminhos fossem insatisfatórias à nossa mente finita. Como poderia ser diferente quando mentes finitas tentam compreender o infinito? A linguagem humana é incapaz de comunicar plenamente a natureza de Deus. Vemos a glória de Deus como por um espelho, de forma obscura (1 Co 13.12). Mistérios como esse confirmam a realidade de nossa fé (Rm 11.26; 1 Co 2). Precisamos nos reconciliar com o mistério divino se quisermos desfrutar de um relacionamento com Deus, e estar aptos a receber e devolver livremente para Ele e para os outros. As coisas ocultas pertencem ao Senhor e as reveladas a nós.
Então, onde Deus realmente vive? Onde está sua presença? Em primeiro lugar, Ele vive no céu propriamente dito, em meio à luz inacessível. Segundo, Ele é onipresente, e não existe um lugar onde não esteja. Terceiro, Ele condescendeu a morar em seus “templos”. No Antigo Testamento, primeiro foi no tabernáculo e depois no templo em Jerusalém. No Novo Testamento, é na igreja – no corpo de Cristo como um todo, como também em cada crente em Cristo. Quarto, Ele é um com sua Palavra e, portanto, está presente nas Sagradas Escrituras. Quinto, Ele está presente nos sacramentos da igreja. E finalmente, Ele também “visita” periodicamente pessoas específicas e lugares com sua “manifesta presença”.
Em outras palavras, Deus “desce” e interage com a dimensão natural. Ele promete fazer isso, principalmente, quando os crentes se reúnem no nome de Jesus Cristo. Esta, também, é a natureza dos avivamentos na história da igreja.
Deus “aproxima-se” e a ordem normal de funcionamento das coisas é interrompida. Quando o onipotente, onisciente, onipresente, eterno, infinito, santo, justo e amoroso Deus dispõe-se a, misericordiosamente, descer e tocar nos fracos e limitados seres humanos, o que você esperaria ou o que calcularia que pudesse acontecer à ordem natural e normal das coisas? Poderíamos imaginar algo que ainda encaixasse na rotina costumeira do sistema?
Somos chamados a valorizar e estimar cada dimensão da presença de Deus – não precisamos escolher uma acima de outra, já que cada verdade e experiência proporcionam bênçãos especiais para enriquecer nosso entendimento e crescimento espiritual. A seguir, daremos quatro passagens do Novo Testamento que se referem à realidade e ao conceito bíblico da manifesta presença de Deus:

Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles (Mt 18.19-20).

Nestes versos Jesus deu uma promessa específica com respeito ao poder do que se chama oração em concordância. Quando os crentes se reúnem sob a autoridade de Cristo e em seu nome, o Senhor nesta passagem promete estar “presente” entre eles de uma forma qualitativa em que não está em outras ocasiões, quando se faz presente somente por sua habitação em nosso interior e pela sua onipresença.

Quando vocês estiverem reunidos em nome de nosso Senhor Jesus, estando eu com vocês em espírito, estando presente também o poder de nosso Senhor Jesus Cristo, entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor (1 Co 5.4-5).

Nestes dois versos, Paulo também se refere ao ajuntamento dos crentes. Ele está se referindo, especificamente, à autoridade espiritual que exercia para disciplinar membros da igreja que não estavam arrependidos. Mas o ponto principal, para o assunto em questão, é a afirmação de que o poder do Senhor Jesus está presente de maneira especial quando os crentes se reúnem.

Certo dia, quando ele ensinava, estavam sentados ali fariseus e mestres da lei, procedentes de todos os povoados da Galiléia, da Judéia e de Jerusalém. E o poder do Senhor estava com ele para curar os doentes (Lc 5.17).

Este verso fala da manifestação especial do poder divino de curar em um lugar específico, num tempo determinado, de forma que era notável e significativo. Este poder estava presente de uma maneira que não era e não é usual. Isso também mostra como até Jesus dependia da operação e dos dons do Espírito Santo durante seu ministério terreno.

Jesus desceu com eles e parou num lugar plano. Estavam ali muitos dos seus discípulos e uma imensa multidão procedente de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom que vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Os que eram perturbados por espíritos imundos ficaram curados, e todos procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava todos (Lc 6.17-19).

Estes versos descrevem o poder de Deus, fluindo através do corpo de Jesus, de maneira quase palpável. Esta virtude sobrenatural, aparentemente, não fluía dele constantemente, mas em tempos escolhidos e situações específicas, designadas por Deus.

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